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Mauá – Empresário do Império

20 de março de 2010 Deixe um comentário

Título: Mauá, Empresário do Império

Autor: Jorge Caldeira

Quem deve ler?

Quer um livro para compreender melhor como era o Brasil na época do Império? Pois bem esse é o livro. Esqueça aqueles  livros didáticos chatos que falam da História do nosso país. Durante todo o livro Jorge Caldeira, insere o contexto histórico de cada fase da vida de Mauá. Quer descobrir quem foi o cara que fez a indústria acontecer no nosso país? Tirar lições de vida e de como gerir empresas? Quer entender como o conservadorismo destrói o progresso? Então leia e inspire-se, você vai gostar!

Quem não deve ler?

Não gosta de livros longos? Então não leia. São 560 páginas para contar a vida de um dos homens mais influentes, poderosos e fora de série que o Brasil conheceu. Não tem vontade de compreender a História de seu país por uma ótica diferenciada? Então não leia! Mas, se começar a ler, não fique nos primeiros capítulos. É a partir do 7º que tudo começa a ficar mais interessante.

Se Interessou? Então, antes de ler o livro propriamente dito, leia esse pequeno resumo e algumas lições que pude destacar.

Resumo do Livro

Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, foi um homem a frente de seu tempo. Garoto pobre, que se tornou; graças a muito estudo e dedicação, como diz o título do livro; o empresário do Império. Pena que empresários não eram bem vistos nessa época. Homem com ideais que ainda hoje não são vistos com bons olhos, imagine naquela época. Enquanto todos pensavam num futuro agrícola para o Brasil, ele pensava diferente. Vislumbrava um futuro cheio de progresso e indústrias. Porém o governo não partilhava dos mesmos ideais, todos que comandavam o país acreditavam que Mauá apressava muito as coisas, e como eram conservadores ao extremo faziam de tudo para que ele não concretizasse seu sonho de progresso.

Enquanto Mauá queria ver juros baixos e créditos rolando para que capitais fossem investidos em empresas que trariam o progresso para o país, os outros queria exatamente o contrário: aumentar os juros, limitar o crédito e frear o desenvolvimento. Com isso, inimigos não faltaram, e para piorar, inimigos dentro do governo. Dessa maneira passou a procurar caminhos longe do Brasil, a fim de ter mais liberdade para seus negócios. Inicialmente a estratégia foi bem sucedida atuando no Uruguai, mas depois, como a política uruguaia era pior que a do Brasil, viu seus negócios irem cada vez mais a bancarrota. Optou por fazer negócios com a Europa, criando um Banco de Investimentos, mais uma vez, inicialmente, um ótimo negócio com muitos lucros, mas com esse tipo de negócio surgiram inimigos muito maiores e fortes.

Somando inimigos estrangeiros; mais um governo brasileiro com uma política interna conservadora e totalmente contra ele; mais um Uruguai enfrentando uma guerra e uma crise; além de “atentados” contra suas empresas e injustiças do governo em lutas judiciais das quais ele fez parte, fizeram com que Mauá falisse e fosse proibido de gerir negócios no Brasil. O homem que entregou todos seus bens pessoais depois de condenado pela falência era ainda, apesar de tudo, muito rico. Deixava apenas de ser o empresário mais poderoso do pais.

Algumas informações:

Irineu sempre foi um homem que lia muito, o que colaborou para que viesse a se tornar um homem crítico e cheio de ideias diferentes, dentre estas: passou a acreditar no mercado livre como grande centro da vida social, a pensar na concorrência como um instrumento essencial do desenvolvimento, pelo incentivo a uma divisão mais eficiente do trabalho. A achar que bom governo é o que não se mete a regular o mercado, nunca o que toma conta de todos como se fossem crianças.

Além de pioneiro ao instalar fábricas no país, foi um importante incentivador dos imigrantes, importantes como mão-de-obra especializada.

Irineu virou financiador de Guerra, a favor de Montevidéu. Um homem que além dos negócios, se envolvia com os problemas internacionais nos quais o Brasil  interferia. O dinheiro que Irineu financiara para o Uruguai ele tinha certeza que jamais o receberia de volta. Mas com essa ação ele não buscava dinheiro. Nos planos traçados, o dinheiro do Uruguai era um investimento marginal no momento, uma soma que ele contabilizava como prejuízo completo. Os gastos pagavam, na verdade, a entrada no mundo das grandes decisões nacionais. Irineu era agora um conhecedor dos segredos profundos do governo, um homem capaz de opinar em questões importantes, e alguém a quem o próprio imperador devia um grande favor. O verdadeiro sentido de seu gesto não estava claro para muita gente, mas isso também fazia parte de seus planos. Preparava com cuidado e discrição todas as alternativas, até chegar a hora da decisão, quando tudo se revelaria em firmeza e determinação. Com a extinção do tráfico, o momento de desencadear a parte principal do plano elaborado dez anos antes quando fora à Inglaterra. O Uruguai não fazia parte desse plano, e por isso ele deixou a guerra e a administração de seu investimento inteiramente a cargo do governo brasileiro. Mas a proximidade com gente importante e os bons olhos do imperador valiam muito. Enquanto todos estavam meio anestesiados, ele iria agir depressa. Iria nascer daí O Banco do Brasil, que depois seria tomado pelo governo através de um golpe.

Irineu ficou encarregado de montar a linha de navegação no Amazonas, isso porque os EUA já começavam a demonstrar interesse por essa área. Viria a criar dessa maneira a Companhia de Navegação e Comércio do Amazonas. A locomotiva da primeira ferrovia brasileira foi inaugurada no dia 30 de Abril de 1854, data em que Irineu Evangelista de Souza, recebeu o título de Barão de Mauá. Nessa data ele era Barão, dono de estrada de ferro, estaleiro, companhia de navegação, companhia de gás e do dinheiro Uruguaio. Posteriormente viria a ter mais empreendimentos como um Banco de Investimento internacional e uma Companhia Agrícola.

Lema no Brasão do Barão de Mauá: Labor Improbus Omnia Vincit (O trabalho honrado sempre vence). A prova de que Mauá era muito a favor do trabalho, o que ia contra a sociedade da época onde o trabalho era visto como coisa de escravo.

O governo da época poderia ser descrito da seguinte maneira: Em vez dos donos de projetos viáveis economicamente, o país desviava o dinheiro para outro tipo de gente, os detentores de padrinhos políticos viáveis. Quem tinha acesso a eles conhecia o milagre da riqueza sem riscos, o progresso concedido do alto era o melhor, pois não exigia esforços nem sacrifícios. Começava o tempo das fortunas estufadas em conversas de bastidores; em vez de obra do trabalho, da poupança, do crescimento dos negócios, a riqueza nascia da conversa oportuna com o amigo certo, a grande jogada que não dá muito trabalho mas rende muito; era hora da fortuna que beneficiava os mais inteligentes, os mais ousados, os mais bem informados – e jamais a malta trabalhadora. Para esses tipos, poucos se lhes dava perder tempo fazendo contas para determinar a viabilidade da empresa – este era um problema para os otários que precisavam trabalhar, como os escravos trabalhavam.

O Barão de Mauá demonstrou um traço no seu caráter que pode ter contribuído para sua queda. Quando você é dono de uma empresa de investimentos que está correndo o risco de entrar em bancarrota pode-se seguir duas estratégias: você pode defender seu capital próprio, arriscando a vida da empresa, ou colocar seu dinheiro na linha de frente, para proteger os sócios. A primeira posição seria a mais lógica: todos os que investiam com ele conheciam os riscos do negócio, e esses riscos estavam limitados ao dinheiro que tinham investido. Tentando salvar seu dinheiro, Mauá ficaria na mesma posição de todos. Mas, para o Barão, aquela não era mais uma questão de negócios. Ele se considerava responsável pelas decisões, e acreditava que essa responsabilidade se estendia ao último centavo de dinheiro de terceiros confiado a sua gestão.

Lições do Livro

#1 Para a maioria das pessoas fazer bem o trabalho se resume a cumprir as tarefas determinadas e deixar de lado as inquietações sobre o complicado mecanismo por trás de uma empresa. Você deve perguntar, ler, tirar lições de suas tarefas. Aprenda a dominar o “organograma” das atividades da empresa. Sem isso você não pode sonhar com degrais mais altos na carreira;

#2 Esteja atento às ações do governo e ao rumo que a economia do país esta tomando, elas interferem sim na tomada de decisões da sua empresa;

#3 Tenha maturidade: Em tempos difíceis nos negócios não adianta, você deve ter maturidade ao praticar a difícil arte de cortar na própria carne para se salvar. É necessário avaliar as alternativas do cenário nebuloso. A regra é liquidar negócios que estão quebrando e salvar negócios que podem dar lucro no futuro. Quando em dificuldade não pode haver tempo para sentimentalismos, deve-se ser duro caso seja necessário (ocasionar demissões, cobrar devedores) e, ao mesmo tempo, flexível com os credores, para acertar suas contas.

#4 Trabalhe durante o dia, estude sobre como criar o seu futuro e aumentar a sua fortuna durante a noite.

#5 Considere a concorrência como um instrumento essencial do desenvolvimento.

#6 Todo dia meça a situação de seu capital, e dê um destino a ele. Se há sobras no caixa, procure aplicá-las imediatamente, e apenas durante o prazo em que não serão necessárias. Essa era a maneira inglesa de se agir. Entre a esperança de um grande lucro futuro e um pequeno prejuízo presente, mas que repusesse o capital em circulação, os ingleses em geral preferiam a última alternativa. Vendiam logo, a preço menor, para recuperar a possibilidade de fazer mais negócios, em vez de deixar um produto mofando na prateleira até chegar um comprador disposto a pagar o preço exigido. Com esses hábitos, o capital se transformava na grande mercadoria invisível, que ia e vinha de acordo com a necessidade e o momento.

#7 Tenha um mentor: Antes de obter sua glória como empresário, mesmo lendo, estudando e se tornando um grande conhecedor da economia brasileira, Irineu não sabia como iniciar as obras que começava a se sentir capaz de realizar. Seu patrão Carruthers quando julgou que seu caixeiro estava maduro para seguir por ali, decidiu que havia chegado a hora de mostrar-lhe o caminho. Já tinha sido patrão, professor e pai para o caixeiro.

#8 Mantenha: Um caixa sólido, prudência nos gastos, empregados bem remunerados e bem treinados, e bons lucros bem medidos.

#9 Não tenha medo de crises, dependendo do lugar em que se está, as mesmas palavras podem significar coisas muito diversas, por isso, se as coisas não andam bem, procure outros ângulos de visão do seu negócio, procure outros mercados, procure por ideias em diferentes países, inove, corra atrás.

#10 Mantenha-se informado: Ávido por novidades, Irineu visitava fábricas de tecidos, estaleiros, fundições, estradas de ferro e bancos. Perguntava sobre tudo, queria saber os detalhes, não demorava muito para descobrir o que dava dinheiro e como cada empreendimento funcionava. Leitor voraz, devorava pilhas de catálogos e obras técnicas, desvendando os segredos de cada equipamento. Bom negociante, indagava a cada empresário a que era apresentado sobre as necessidades de investimentos, as dificuldades de operação e os retornos dos empreendimentos.

#11 Seja paciente: Irineu aprendeu com seus amigos ingleses que as mudanças levam tempo, exigem base segura, não acontecem quando não existem condições favoráveis. Enquanto estivera na Europa, em sociedade com seu ex-patrão Carruthers, planejara montar uma empresa que captaria dinheiro no mercado inglês para ser aplicado no Brasil. Isso que trazia para o Brasil poderia não acontecer, ou mesmo levar muitos anos até que o país estivesse pronto para os  projetos. Por isso, ele precisaria ter paciência, preparar o terreno, não perder oportunidades.

#12 Esteja disposto a correr riscos: A sede de Irineu por realizar projetos a frente de seu tempo fez com que ele aos trinta anos de idade e 21 de trabalho fechasse uma das maiores empresas comerciais do país e mudasse de vida, visando o futuro. Nenhum comerciante, mesmo inglês, entendeu. As importações continuavam firmes, subindo 15% entre 1843 e 1845, e as exportações aumentavam na mesma proporção. As vendas de café cresciam, e o mercado do açúcar poderia explodir se as tarifas inglesas caíssem. Com as contas do governo em ordem, tudo apontava para a consolidação do destino agrícola daquele paraíso de terras férteis e baratas. Mas, Irineu deixara de escutar vozes sensatas havia algum tempo. Só o seu caminho lhe interessava.

#13 Supere obstáculos e colha os frutos: Irineu apoiava a vinda de imigrantes pois traziam o conhecimento técnico do qual necessitava, com isso o novo industrial conseguiu contornar os problemas básicos da organização do trabalho – apenas o primeiro obstáculo a ser superado na transformação de uma oficina semi-artesanal em verdadeira fábrica. Esta dependia de matérias-primas, tanto quanto de operários – e as dificuldades para suprir esse item também eram grandes. Até mesmo os produtos de consumo mais corriqueiros da empresa exigiam uma logística de suprimento toda especial. Quase todos os insumos eram importados, o que tornava o processo caro e arriscado. As encomendas levavam meses para chegar. Para evitar que  o atraso de um navio paralisasse a produção, Irineu era obrigado a trabalhar com estoques elevados. Mas os problemas com defeitos em máquinas e manutenção dos equipamentos exigiam muito mais cuidado. Não havia fábricas de máquinas nem peças de reposição no Brasil – todo o equipamento sobressalente, quando necessário, precisava ser adquirido na Inglaterra por seus sócios. Quanto a máquinas novas e processos, o próprio dono atacava de gerente. Lia catálogos, discutia as novidades com seu engenheiro, e tomava as decisões de investimento por sua conta. Passando aos poucos por esses problemas Irineu começou a ampliar sua fábrica. Possuía como cliente o próprio governo que se mostrou um péssimo devedor e com isso quase prejudicou Irineu. A falência ameaçava bater em sua porta, e Irineu não viu outra saída além de tornar-se um descobridor de novos nichos de mercado. Diversificou a produção, buscando clientes menores mas que pagavam em dia pelos produtos. Saiu em busca de novos sócios para a empresa. Para os padrões artesanais da indústria brasileira, era uma empresa gigantesca. Para seu dono, um motivo de orgulho pessoal: ele tinha tido a ideia, abandonado uma posição privilegiada num negócio seguro, corrido os riscos. Fazia o que queria, e haveria de ganhar respeito por sua ousada aposta no futuro. Onde ninguém enxergava nada, ele via tudo.

#14 Saiba expor seus sonhos e convencer as pessoas de que podem ser realizados: detalhes do Discurso de Irineu  quando fundou o Banco do Brasil: O primeiro e mais óbvio detalhe diferente do discurso de Irineu era o tom. Nenhum empresário funda uma empresa sem esperanças, mas pouca gente na cidade seria capaz de desenhar um futuro nacional de grandes negócios, progresso interminável, dinheiro em multiplicação e lucros fartos. E o mais curioso é que, neste quadro otimista, Irineu falava de tudo – fábricas, telégrafos, estradas de ferro – menos da empresa que ia sendo fundada. Nele não havia uma palavra sobre depósitos, empréstimos, duplicatas ou qualquer outra atividade própria de um banco. Nenhuma palavra daquele discurso de posse estava ali por acaso. Ao colocar o espírito de associação no centro de tudo, Irineu anunciava um projeto de vida. Para ele, o banco seria o centro de uma operação de progresso: juntar capital de terceiros, financiar a formação de grandes empresas, desenvolver o país.

#15 Estude, pesquise: Irineu embasava seus projetos, que pareciam especulativos, em muito estudo, pesquisa e planejamento.

#16 Não seja um aventureiro: Irineu se diferenciava dos aventureiros que lutavam pelo progresso. Em seu esquema altamente especulativo de capitalização havia um projeto sólido: criar boas empresas. Tanto a estrada de Ferro como a iluminação a gás iriam buscar grandes mercados, com boas perspectivas de crescimento e faturamento. Mesmo no caso da Navegação do Amazonas, a única empresa que resolveu implantar sem bons estudos quanto ao potencial de mercado, ele tomou o cuidado de se prevenir contra os riscos da empreitada por meio de grandes garantias legais e um subsídio alto, que permitiriam enfrentar eventuais dificuldades e manter boas perspectivas de retorno de capital. Os aventureiros avaliavam mal as dificuldades, queriam resolver tudo depressa, erravam. Irineu, pelo contrário, soube combinar a ousadia financeira com decisões de investimento muito prudentes. O homem que gastava o dinheiro contrastava visivelmente com o que tomava emprestado: o dinheiro que entrava depressa saía bem devagar. Irineu exercia uma vigilância severa sobre as despesas, e se precavia de todas as maneiras possíveis para evitar decisões onerosas. Entre esses cuidados, estava um raro na época: investir em estudos técnicos, evitando perder depois com situações imprevistas. Cada mudança que ocorria num projeto de uma obra, por exemplo, era comunicada a todos os envolvidos.

#17 Cuide de seus funcionários, seja justo: A combinação de ousadia nos projetos, prudência na execução e uma grande preocupação em gerir bem os recursos dos sócios se completava com uma política administrativa totalmente fora dos padrões brasileiros. Irineu considerava um ótimo gasto investir em salários mais altos, para ter o melhor pessoal disponível a seu lado. No caso dos escalões mais altos, a política de valorização do trabalho era mais radical ainda. Ele delegava autoridade, insistia para que seus comandados fizessem o mesmo, e costumava distribuir parte dos lucros entre os funcionários da empresa. Além da participação nos lucros, seus colaboradores mais próximos recebiam incentivos para montar empresas pessoais, fazer negócios por conta própria. Irineu dava autonomia, e respeitava-a até o fim. Todo o pessoal era contratado por seus gerentes, e o dono da empresa quase nunca passava por cima deles. Sua maneira de contratar seguia a linha da meritocracia.

#18 Dê Autonomia: Irineu deixava seus colaboradores confiantes para agir por conta própria nos momentos de dificuldades – mesmo quando erravam, o patrão costumava suportar os prejuízos sem uma palavra de crítica, apenas fazendo-os notar como poderiam acertar da próxima vez. O risco do sistema era que os empregados começassem a fazer maus negócios, conseguindo grandes prejuízos onde se esperava lucro – e enganassem o patrão com notícias falsas, numa atitude facilitada pelas dificuldades de comunicação. Contra este risco havia apenas um antídoto: o olho distante do dono. Neste ponto, possivelmente, estava a característica mais marcante de Irineu: atacando várias frentes ao mesmo tempo, ele não perdia de vista um único detalhe de cada negócio. Todos os dias, escrevia dezenas de cartas, muitas vezes repetindo em todas as mesmas notícias do governo ou dos negócios internacionais. Mas em cada uma acrescentava alguns parágrafos de interesse específico do destinatário, cobrava providências, discorria sobre minudências de uma pequena operação, avaliava resultados, aprovava ações. Assim, conseguia saber do andamento de cada célula de seu grupo de empresas, na Europa, no Uruguai e no Amazonas.

#19 Ensine pelo exemplo: O Barão de Mauá gostava de empregar gente ousada, fogosa, com capacidade de iniciativa. Pagava um certo preço por isso: volta e meia, precisava conter os ímpetos de seus auxiliares, que se entusiasmavam com negócios que pareciam bons e arriscavam capital da empresa em operações especulativas. Ele achava que ordens peremptórias não funcionavam para evitar o perigo – preferia dar bons exemplos baseados na experiência para conter os aprendizes de feiticeiro, reforçando sua prudência sem barrar a iniciativa.

#20 Saiba como especular de maneira a te favorecer: Segundo Mauá, as lições necessárias para identificar as características que separam as sardinhas dos tubarões num mercado, são: a boa especulação deve ser rigorosamente planejada, nunca obra do acaso. a conta deve ficar para os que se julgam espertos. nem sempre os que acreditam em preços altos são os vencedores. o sucesso da operação depende do domínio de informações completas e precisas sobre o mercado em que se vai atuar – e vale muito a pena investir nelas. os riscos diminuem quando se está com a faca e o queijo nas mãos.

Essas foram apenas algumas lições. Leia, você vai gostar.

Até o próximo livro!

Categorias:Biografias

Lee Iacocca – Uma Autobiografia

26 de fevereiro de 2010 5 comentários

Título: Iacocca – Uma Autobiografia

Autor: Lee Iacocca

Quem deve ler?

Está apenas começando numa empresa mas pretende se desenvolver para obter um melhor posicionamento profissional? Ou você já possui um longo tempo dentro de uma empresa, mas não sabe como dar um “up” na sua carreira? Ou então você é um universitário que não sabe no que deve focar para atingir seus objetivos? Ou você é aquela pessoa que planeja ter um negócio, mas não compreende muito bem como funciona uma empresa? Ou então você já é empresário e vem passando por dificuldades? Esse livro pode ajudá-lo. E, se você não respondeu satisfatoriamente a uma das perguntas anteriores não deixe de ler mesmo assim. Garanto que será um ótimo aprendizado.

Quem não deve ler?

Não gosta de histórias de pessoas que lutam para atingir seus objetivos e vencem? Não tem paciência para a leitura? Não faz seu estilo ler livros sobre negócios? Se respondeu satisfatoriamente então recomendo, infelizmente, que não leia o livro.

Se Interessou? Então continue a leitura e veja um resumo da história e algumas lições que o livro ensina que poderá ser útil na sua vida.

Resumo do Livro:

O livro conta a história de Lee Iacocca, filho de imigrantes Italianos, que se tornou presidente da Ford (considerado o pai do Mustang) e depois de assumir por 8 anos esse cargo e de estar há 32 anos na empresa foi demitido. Para ele isso foi como um soco na cara, por um momento no céu e em outro no inferno. Uma semana depois de sua demissão resolve assumir a presidência da Chrysler, mas essa atitude só aumentou sua frustração, pois um ano depois de assumir o cargo a Chrysler entrou num rápido processo de bancarrota.

Mas com muito esforço e profissionalismo se tornou herói, fez a empresa se reerguer e tornar-se competitiva novamente, lutando contra fatores econômicos, concorrências praticamente desleais (a entrada dos carros japoneses no mercado de automóveis dos EUA), fatores políticos, financeiros, administrativos, além de pessoais. Traduzindo: mesmo em face de todos esses problemas ele não desistiu de VENCER. A derrota para ele nunca foi uma alternativa na sua vida.

O livro é muito instigante, você começa a ler e vai se envolvendo com a história de vida do Iacocca. Vai pensando em como aplicar suas lições na sua própria vida, tanto profissional quanto pessoal. Vai lendo e pensando em como sua carreira esta caminhando e quais os passos você deve dar para atingir seus objetivos, além de pensar se esta seguindo no caminho certo. Além disso, o livro mostra que as pessoas que chegaram num posto muito elevado são Seres Humanos, que também passaram por dificuldades, falta de experiência, cometeram muitos erros, você passa a perceber que você pode atingir um posto mais elevado do que já esta, bastando identificar os caminhos corretos a seguir, dedicar-se de verdade e, claro, contar um pouco com a sorte.

Vale a pena ler!

Lições do Livro:

Aprendi muitas lições com esse livro. E acredito que você será capaz de aprender mais ainda. Vou listar muitas aqui que irão fazer você ver o quanto o livro é bom.

Lições de vida e carreira

#1 As pessoas votam com o próprio bolso. Quando se está numa situação difícil financeiramente você favorece o partido do povo. Quando não esta com problemas e as coisas andam as mil maravilhas você favorece os mais conservadores;

#2 Se você quiser usar bem o seu tempo tem que saber distinguir o que é mais importante e, então, dedicar-se totalmente a isso;

#3 Quem quiser tornar-se um solucionador de problemas no mundo dos negócios terá que aprender desde cedo a estabelecer prioridades;

#4 Estabelecer prioridades e usar bem o tempo não são coisas que se possam aprender na faculdade. O ensino formal pode ajudar muito, mas muitas das habilidades essenciais na vida são aquelas que cada um tem que desenvolver por si mesmo;

#5 Estudar o comportamento humano é importante. Dessa maneira você desenvolve a habilidade de conseguir dizer muita coisa sobre uma pessoa depois de um primeiro contato. Essa habilidade é fundamental, pois uma das coisas mais importantes para os administradores é saber contratar as pessoas certas;

#6 Aprenda a se comunicar. Desenvolva sua capacidade de escrever, aprenda a se expressar por escrito. Amplie seu vocabulário e depois treine usá-lo num discurso improvisado, dessa maneira irá desenvolver sua habilidade oratória e aprenderá a pensar por si mesmo;

#7 A gente tem que aceitar as pequenas tristezas da vida. Você nunca vai saber realmente o que é a felicidade, se não tiver com que compará-la;

#8 Quando atingir um posto muito elevado dentro de uma organização ou com a sua empresa, não esqueça das pessoas que colaboraram para que chegasse onde chegou. Não se julgue superior. A capacidade de comunicação é tudo;

#9 Muitas vezes é necessário um pouco de desgraça para as pessoas se unirem. Por exemplo: crises econômicas, desastres naturais, etc;

#10 Dedique tempo para atividades familiares. Não tenha orgulho de dizer que trabalhou tanto que não sobrou tempo para dedicar a sua família. Isto significa que falhou nessa “tarefa”;

#11 Jogos/esportes são importantes. Neles você aprende quando explorar uma vantagem, quando recuar ou quando blefar;

#12 você pode ter ideias brilhantes mas se não conseguir ser persuasivo, sua inteligência não adianta nada;

#13 Cada um deve aproveitar ao máximo o proprio potencial, faça o que fizer;

#14 Há duas coisas realmente importantes num candidato que a gente não consegue captar numa só entrevista. A primeira é se ele é preguiçoso e a segunda , se tem bom senso. Não existe uma análise quantitativa para checar se uma pessoa tem disposição para o trabalho e se terá sensatez – ou conhecimentos práticos – na hora de tomar uma decisão. São essas qualidades que distinguem os Homens dos Meninos;

#15 Um vendedor não nasce feito. No início você tende a ser um teórico e formal, depois de obter alguma experiência passa a dominar os fatos e a trabalhar a forma de aprensentá-los. Depois de algum tempo as pessoas começarão a ouví-lo;

#16 Aprender as técnicas de venda é uma tarefa que exige tempo e esforço. É preciso praticar bastante, até elas se transformarem numa segunda natureza da gente. Nem todos os jovens de hoje entendem isso. Eles vêem um homem de negócios bem-sucedido e não param para pensar em todos os erros que ele deve ter cometido quando era mais jovem. Os erros fazem parte da vida; não há como evitá-los. Só se pode esperar que eles não custem muito caro e que não se cometa o mesmo erro duas vezes;

#17 É importante que você encontre um mentor, seja seu chefe, pessoas que admire, dessa maneira terá uma alguém para se espelhar e aprender através de sua experiência, podendo vir a aprender quais caminhos seguir para obter sucesso ou quais erros não vir a cometer;

#18 A única vantagem do ser humano é a capacidade de pensar e o bom senso. Esta é a única vantagem real que temos sobre os macacos;

#19 Tenha sempre em mente que todos erram. O problema é que a maioria nunca admite que errou. Quando um cara faz uma besteira, ele nunca diz  que foi culpa dele, pelo menos se puder dar um jeito. Ele acusa esposa, o síndico, os filhos, o cachorro, o tempo – mas nunca a si mesmo. Por isso, quando cometer um erro não venha com desculpas – vá primeiro se olhar no espelho;

#20 Se você realmente acredita no que faz, tem que persistir, mesmo diante dos obstáculos. Os revezes fazem parte da vida, e é preciso responder a eles com cuidado. Redobre seus esforços e trabalhe com dedicação maior ainda;

#21 O sucesso aparece do nada, mas provavelmente foram necessários anos de trabalho comendo o pão que o diabo amassou para atingir a glória;

#22 É importante falar com as pessoas em sua própria linguagem. Se você fizer isso bem, elas vão dizer: “Puxa, ele disse exatamente o que eu estava pensando”. E quando começam a respeitar você, elas o seguirão até a morte. Elas não o estarão seguindo porque você tem alguma capacidade misteriosa de liderança, mas porque é você que as está seguindo;

#23pessoas que não obtêm sucesso mesmo sendo espertos e talentosos. São aquelas que você para e fala “Por que será que ele não vai para frente?” Todos nós conhecemos gente desse tipo, pessoas que parecem ter tudo mas que nunca progridem muito. Não estamos falando daquelas pessoas que realmente não querem progredir ou das que são simplesmente preguiçosas. Mas sim das que se esforçam muito, seguem um plano definido, vão para a universidade, conseguem um bom emprego, dão duro e não conseguem nada. Quando você fala com essas pessoas, muitas vezes elas dizem que tiveram azar, ou que o chefe não gosta delas. Invariavelmente, elas se colocam como vítimas. Mas você tem que se perguntar por que só tiveram azar e por que nunca pareciam estar procurando oportunidades melhores. Sem dúvida, a sorte tem um papel nisso tudo. Mas quando pessoas capazes não conseguem avançar, em geral é porque não conseguem trabalhar bem com seus colegas;

#24 Há uma diferença enorme entre um ego forte, que é essencial, e um ego grande – que pode ser destrutivo. A pessoa com um ego forte conhece suas próprias forças. É confiante. Tem uma ideia realista daquilo que pode realizar e caminha decidida na direção do seu alvo. Já a pessoa que tem um ego grande está sempre buscando reconhecimento. Precisa estar sempre recebendo tapinhas nas costas. Pensa que é mais do que todo mundo. E trata com prepotência as pessoas que trabalham com ele;

#25 Cada pessoa deve ter um plano de desenvolvimento bem no início da carreira. Deve-se dar a ela tempo suficiente para obter experiência numa determinada atividade, até que se comprove que de fato aprendeu a trabalhar naquela área específica;

#26 As pessoas suportam muita coisa quando estão todas no mesmo barco. Se todos sofrem da mesma maneira, é possível mover uma montanha. Mas a primeira vez que você descobre alguém fazendo corpo mole ou fugindo da sua parcela de responsabilidade, tudo pode desabar;

Lições de Negócios


#27 Qualquer pessoa que compre alguma coisa irá justificar sua compra por algumas semanas, mesmo que tenha cometido um erro. Muitos clientes não sabem o que querem comprar; faz parte do trabalho do vendedor ajudá-los a descobrir;

#28 Jamais apareça na frente dos clientes sem ter ensaiado com cuidado o que você vai dizer – ou o que vai fazer – para ajudar a vender o seu produto;

#29 Nunca tome uma decisão importante sem ter pelo menos duas opções. E se a decisão irão influenciar muito no seu futuro (profissional ou da sua empresa) é bom que tenha uma terceira também;

#30 Ponha suas ideias no papel. Se você não conseguir fazer isso, é porque não trabalhou a ideia direito;

#31 Dentro de uma empresa temos de um lado os analistas financeiros que tendem a ser conservadores e pessimistas, mantendo-se na defensiva. Do outro está o pessoal das vendas e do marketing – agressivos, especuladores, otimistas. Sempre dizem “vamos fazer”, ao passo que os analistas sempre tentam mostrar as razões para não fazer. Em qualquer empresa você precisa dos dois termos da equação, pois a tensão natural entre os dois grupos cria um sistema próprio de checagem e de equilíbrio. Quando os analistas são fracos demais, a empresa acaba indo à bancarrota. Mas quando são fortes demais, a empresa não consegue atender ao mercado ou se manter competitiva;

#32 Sinta-se na obrigação de elaborar ideias para sua empresa ou para a empresa para a qual trabalha. Quando tiver a oportunidade de expressar suas ideias estará com elas planejadas e em mãos;

#33 Faça um sistema de revisão (trimestral, semanal, fica a seu critério) para sua equipe na empresa. É altamente funcional. E funciona por várias razões. Em primeiro lugar, permite que cada um seja seu próprio chefe e estabeleça seus próprios objetivos. Em segundo lugar, torna a pessoa mais produtiva e motivada por si mesma. Por fim, ajuda as novas ideias a chegarem ao topo da hierarquia. A revisão força gerentes a parar e avaliar o que realizaram, o que pretendem realizar e como pretendem fazê-lo. Outra vantagem dessa revisão – sobretudo numa grande empresa – é que ele evita que as pessoas sejam esquecidas. É muito difícil alguém se perder no sistema se é submetido a uma avaliação a cada trimestre pelo chefe e, indiretamente, pelo chefe do chefe e pelo chefe do chefe do chefe. Dessa maneira as pessoas competentes não são passadas para trás. E, o que também é importante, os incompetentes não conseguem se esconder;

#34 Sem um sistema regular de revisão, um gerente que não estiver se saindo bem numa determinada àrea poderá ficar aborrecido com seu chefe. Poderá achar que a razão do seu fracasso em atingir as metas é a má vontade do chefe com relação a ele. Muitas pessoas ficam durante anos na função errada. Quase sempre ,a administração só descobre esse tipo de coisa tarde demais;

#35 Você pode usar os computadores mais fantásticos do mundo e juntar todos os gráficos e números possíveis, mas no final você tem que reunir as informações, fixar um cronograma e AGIR;

#36 Um bom líder no mundo dos negócios não pode desejar ter todos os fatos à mão ou 100% de certeza que um determinado projeto dará certo. Teoricamente isso é uma maravilha, mas na vida real não funciona assim. Obviamente você tem a responsabilidade de reunir todos os fatos e projeções relevantes que puder. Mas, em algum momento, você terá que acreditar. Primeiro, porque mesmo a decisão certa será errada se for tomada tarde demais. Em segundo lugar, porque em muitos casos é impossível chegar a esse grau de certeza; De fato, a intuição não é uma base suficiente para se agir. Mas, esperar pode ser mais perigoso;

#37 Apesar do que dizem os livros, as decisões mais importantes da vida das empresas são tomadas por indivíduos e não por comissões. As pessoas são ouvidas, mas na hora da decisão o comandante diz o que deve ser feito;

#38 Além de serem tomadores de decisões, os gerentes devem ser motivadores. Na vida da empresa, é preciso estimular todos a contribuir para o bem comum e a descobrir formas melhores de fazer as coisas. Você não é obrigado a aceitar todas as sugestões, mas tem que se voltar para quem apresentar alguma sugestão, lhe dar um tapinha nas costas e dizer: “Excelente Ideia”. Senão, a pessoa nunca mais fará nenhuma proposta. Este tipo de comunicação faz as pessoas sentirem que são realmente importantes;

#39 Quando você dá um aumento para um funcionário, é o momento de aumentar as responsabilidades dele. Enquanto ele está animado, você o recompensa pelo que realizou e, ao mesmo tempo, motiva-o a realizar ainda mais. Sempre o alimente com mais trabalho quando ele estiver por cima e nunca seja muito duro com ele quando ele estiver por baixo. No momento em que está contrariado com os próprios erros, você corre o risco de feri-lo demais e de fazê-lo perder o incentivo para melhorar;

#40 Um gerente faz muito quando consegue motivar outra pessoa. Na hora de levar as coisas adiante, a motivação é tudo. Você pode até conseguir fazer o trabalho de duas pessoas, mas não pode ser duas pessoas. Ao invés disso, você deve inspirar o seu subordinado direto e levá-lo a inspirar os subordinados dele;

#41 A fórmula para o sucesso de uma equipe funciona da seguinte forma: Você tem que começar ensinando os fundamentos. Um jogador deve conhecer as bases do jogo e deve saber como jogar em sua posição. Depois, você deve colocá-lo na linha. Isto é disciplina. Os homens precisam jogar como uma equipe e não como um amontoado de indivíduos. Não há espaço para estrelas. Se você vai jogar em equipe tem que cuidar de seus companheiros, você deve desempenhar sua função da melhor maneira para que seu companheiro possa fazer a parte dele seguindo essa mesma linha de pensamento;

#42 O maior problema atual dos negócios é que muitos gerentes dispõem de informações demais. Isto os atrapalha e eles não sabem o que fazer com tanta coisa. A chave do sucesso não é a informação. São as pessoas. E o tipo de pessoa necessária para ocupar cargos na alta gerência é aquela que procura fazer tudo para agradar. São essas pessoas que tentam fazer mais do que se espera delas. Elas estão sempre atingindo metas e se aproximando das pessoas com quem trabalham, tentando ajudá-las a fazer melhor suas tarefas. É assim que essas pessoas funcionam. Mas há os outros, a turma das nove às cinco. Só querem ficar por ali esperando alguém dizer o que têm que fazer. Eles dizem: “Não quero entrar nessa loucura. Pode fazer mal para o coração”;

#43 Um produto para ser reconhecido pelo seu cliente e fazer sucesso precisa de um estilo e de uma identidade própria;

#44 É importante dedicar um tempo na elaboração de uma apresentação espetacular do seu produto, seja para mostrá-lo à seus clientes ou para seus revendedores;

#45 Quando você está tentando promover uma marca, sua primeira tarefa é deixar claro onde a marca pode ser encontrada. É por isso que o arco do Mc Donald’s é tão eficaz. Até uma criança pequena sabe onde deve ir para comprar hambúrguer;

#46 Existem apenas duas maneiras de se ganhar dinheiro: vender mais mercadoria ou gastar menos nas despesas gerais. Outro ponto importante é ficar atento a lucratividade de cada produto na sua empresa. Acabe com produtos que não há muita procura por parte de seus clientes ou aqueles que dão lucros mínimos; É importante de tempos em tempos procurar maneiras diferentes de cortar despesas e aumentar os lucros;

#47 A interação entre diferentes funções numa empresa é absolutamente fundamental. Cada membro da equipe deve compreender o que é seu trabalho e exatamente como se relaciona com as outras funções;

#48 Problemas sempre provocam mais problemas. Uma pessoa que não tem segurança naquilo que faz nunca vai querer trabalhar com alguém que tenha essa segurança. O sujeito pensa: “Se esse cara aí é tão bom, vai chamar a atenção para minhas deficiências – vai acabar ficando no meu lugar”. Assim, um gerente incompetente sempre contrata outros também incompetentes. E todos eles escondem a deficiência do sistema. Por isso a única solução é despedí-los;

#49 Em última análise, todas as operações de negócios podem ser reduzidas a três palavras: Pessoas, Produtos e Lucros. As pessoas estão em primeiro lugar. Se você não tiver uma boa equipe, não poderá fazer grande coisa com o resto;

#50 Todo vendedor deve ter, além de outras características, conhecimento sobre o produto, tempo e paciência;

#51 Se as coisas não andam bem nos negócios é essencial que haja transparência. As pessoas necessitam ouvir que você realmente está com dificuldades, mas que está fazendo a lição de casa para que tudo volte a prosperar. Essa é a única maneira de passar confiança e evitar que especulações se propaguem mais rápido que os fatos;

#52 A qualidade e a produtividade são faces da mesma moeda. Tudo o que se faz pela qualidade aumenta a produtividade. Quando você aperfeiçoa a qualidade, os custos de garantia diminuem, assim como os custos de inspeção e de reparos. Se você de início faz um bom trabalho, os custos reduzem e a lealdade do comprador começa a aumentar;

#53 Reerguendo uma empresa: identifique os erros financeiros e de administração e corríja-os. venda itens não essenciais ao funcionamento da empresa (equipamentos inutilizados, imóveis, etc). baixe salários dos cargos mais altos, suspenda aumentos salariais. firme compromissos novos com seus fornecedores, bancos, funcionários, sindicato, e com o governo se for preciso. Foque na produção de seus produtos mais lucrativos e procurados por seus clientes, deixando de lado os de baixa lucratividade. seja transparente com as pessoas sobre a situação da sua empresa e dos esforços que estão sendo feitos para que a mesma vença as dificuldade;

#54 Se você não é uma grande empresa, você tem que inovar. Atuar em mercados onde a concorrência é de grandes empresas, não adianta, a única maneira de vencê-los é atacando-os pelos flancos;

#55 Dedicação à família e a própria vida não podem ser deixados de lado. Você não pode deixar a empresa virar uma um campo de concentração. Trabalhar muito é essencial. Mas há sempre um momento de descanso e de relaxamento, o momento de ir ver os filhos na peça teatral da escola ou num torneio de natação. Se você não fizer isso enquanto as crianças forem pequenas, não vai poder fazer mais tarde.

Essas foram apenas algumas lições implícitas no livro que consegui identificar. Se você já leu, deixe seu comentário a respeito. E se não leu ainda, como pode ver, vale a pena ler.

Até a próxima dica de livro de negócios!

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